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Devoção a distância

Atualizado: 11 de mai. de 2020

Por Petronilo Oliveira

O dia 7 de abril é sempre diferente para mim. Fico feliz por ser o dia do jornalista. Por outro lado, sempre bate uma lembrança do meu pai, que mais (ou talvez o único parente) me apoiou a seguir essa profissão. Ele faleceu há exatos 15 anos, em 2005. No mesmo dia, mas em 2010, um veículo de comunicação fez justamente o contrário do que muitos estavam a fazer.


A empresa demitiu 90% da equipe do site, eu estava no meio e fiquei bastante chocado. Não só por ter sido demitido, pois nunca tive contrato vitalício em lugar nenhum, apenas trabalho bastante, mas nem sempre é o suficiente para se manter empregado. O que me deixou abismado foi a decisão de mexer no site do Jornal, sendo que a Internet já vinha mostrando que estava “dominando o mundo”.


Mas o que tem a ver uma coluna de esporte com tudo isso que escrevi? A falta de notícia faz com que algo quase que imperdoável no mundo das arquibancadas, bares, enfim de torcedores aceitarem. Em 1974, meu pai saiu de Recife e veio morar em Brasília. Era torcedor do Sport-PE, mas não conseguia a ter acesso a nada do time que torcia, pois segundo ele, só se transmitia Campeonato Carioca nos rádios.


Assim, ficou encantado com a geração do Flamengo, de Zico, Leandro e companhia limitada e passou a torcer para o rubro-negro carioca.


Ele não era jornalista, mas sempre foi um crítico. Nunca cairia em fake news nem aceitava imposições. Respeitava hierarquia, mas sempre democraticamente. Ele era formado em administração e já saiu de um lugar (prefiro não citar qual igreja) em que fazia trabalho voluntário porque a conta não fechava. Portanto, essa influência ele teve na minha vida jornalística.

Por Olavo


É sempre complicado torcer para times de menor expressão. Muito além da qualidade ou da competitividade, dos torneios e dos troféus erguidos, é difícil acompanhar o noticiário nacional e não ver uma única menção ao seu clube na TV ou no rádio. Morando longe da terra natal – no meu caso, Natal -, nem se fala. Já residi em Criciúma (SC), no Rio, e, agora, em Brasília, e só nos últimos oito anos, mais ou menos, ficou mais fácil acompanhar jogos e noticiários relativos ao ABC, meu time do coração.


A maior parte disso se deve, claro, aos profissionais da imprensa que tanto se esforçam para manter o torcedor informado, seja nos veículos, seja nas redes. De cabeça, cito Mallyk Nagib, ex-CBN e agora na TV Assembleia, o eterno Dionísio “Gringo” Outeda, da 98 FM e Rodrigo Ferreira, da CBN. Eu, jornalista, agradeço de coração aos repórteres que me mantêm bem informado sobre o futebol da minha terra. Certamente são um pouco responsáveis por continuar abecedista, e não apenas mais um torcedor do Flamengo (sempre na mídia), Vasco, Palmeiras, Corinthians, etc.





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