Após receber a primeira das sete parcelas, o técnico da equipe alviverde enfrenta o Sobradinho hoje às 15h30, no estádio Augustinho Lima
Com colaboração de Petronilo Oliveira*
Queira ou não, as quartas de final do Candangão 2020 finalmente chegaram. O campeonato, que não terá torcedores nas arquibancadas devido à pandemia do novo coronavírus, tem hoje os primeiros jogos de ida. Os técnicos de Gama e Brasiliense falaram ao Entrelinhas sobre os confrontos e até em relação a salários atrasados.
Isso porque não é mais novidade que o Gama ainda não quitou totalmente as sete parcelas dos profissionais do clube. Na última segunda-feira, pagou a primeira mensalidade como a diretoria havia prometido. O técnico do Alviverde, Vilson Taddei, que vai comandar a equipe contra o Sobradinho no estádio Augustinho Lima, comentou a situação do time. Apesar da crise fora de campo, foi o líder da primeira fase com 41 pontos, sendo 10 vitórias e um empate.
“Deu uma animada geral [o pagamento da primeira parcela]. Esperamos que não fique só nisso e que o clube coloque as coisas no lugar. Os jogadores estão focados. Cabe a diretoria correr atrás para sanar tudo isso”, declarou o treinador do Alviverde.
Quando perguntado sobre o confronto de hoje à tarde, Vilson manteve a calma. “É um jogo difícil como sempre. Nos preparamos e esperamos fazer um grande jogo. É o que queremos e desejamos. Quanto ao título, vamos jogar etapa por etapa para ver o que acontece. Não se pode vacilar, é continuar focado”, comenta.
Há muita inconstância nessa pandemia”, reconhece Márcio Fernandes
Também às 15h30, o Brasiliense entra em campo para jogar contra o Luziânia fora de casa, no estádio Serra do Lago. Até chegar neste jogo, o Jacaré fez uma série de contratações nesta temporada, como o atacante Zé Love, com passagens por Santos, Genoa e Vitória; o meio campista Marcos Aurélio, ídolo do Coritiba; e o goleiro ex-Fluminense, Fernando Henrique. Mas para o técnico Márcio Fernandes, a pandemia tem mostrado que o favoritismo fica de lado em jogos importantes.
“Mas isso não dá certeza para terminarmos bem. O São Paulo é um exemplo [eliminado no Paulistão]. Há muita inconstância, e a gente espera que possamos nos apresentar bem. Lembro que o Santos no Brasileiro de 2002 se classificou em oitavo quando ganhou aqui do Gama e depois foi campeão brasileiro no mata-mata. E a equipe do Luziânia é uma equipe forte e vai ser um jogo difícil”, opina.
O técnico do time amarelo espera manter a sequência de seis vitórias que conseguiu ao chegar no time amarelo. “É jogar da mesma forma que vínhamos jogando. Só posso falar de seis últimos jogos que estou aqui. Até porque algumas contratações já vieram enquanto eu não estava. A gente vem adotando uma política ofensiva e fazendo com que o time possa ter posse de bola e saída de trás do campo. São algumas medidas que a gente tomou. Mas o mata-mata muda tudo, é quando começamos do zero, a gente sabe disso. Temos que entrar ligados para passar primeiro pelo Luziânia”, acrescenta.
“Todo recomeço a gente fica na expectativa que a gente possa reeditar o momento que tivemos antes da pandemia para que possamos pensar em um objetivo maior que é o título. Temos que ir de degrau em degrau e fazer dois grandes jogos”, conclui Márcio Fernandes.
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