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Petronilo Oliveira

Jurisprudência aberta assusta dirigentes

Casos vencidos na Justiça pelos atletas Maicon, hoje no Grêmio, contra o São Paulo, e Paulo André, atualmente na direção do Athletico, contra o Corinthians acendem a luz amarela.

 

Em meio à pandemia e a incerteza em que dirigentes e jogadores de futebol vivem, tanto em questão de saúde como no fator financeiro, houve uma brecha para que os clubes se compliquem ainda mais. Dois jogadores – Paulo André (hoje, dirigente do Athletico-PR e Maicon, hoje no Grêmio) ganharam na Justiça pedidos como adicional noturno, por jogarem em dias de semana à noite, e hora extra por aturam aos domingos. O primeiro entrou contra o Corinthians, e o segundo, contra o São Paulo.

Após esse imbróglio, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, já adiantou à CBF, Globo e Federação Paulista que o Timão não joga mais à noite, e nem aos domingos. Atento a essas questões, o presidente do Gama, Weber Magalhães, diz já estar tomando providências. “A partir de agora, toda vez que formos fazer contrato, os reforços terão que assinar que estão cientes de que terão que jogar quarta à noite e domingo. Os jogadores sabem disso, acho absurdo um cara cobrar hora extra, adicional noturno por estar jogando. Ele folga. É muita incoerência, pois têm os dias de folga, na concentração tem do bom e do melhor”, reclamou o presidente do Alviverde.


“É absurdo isso. Primeiramente porque o atleta não trabalha 8 horas por dia. Segundo porque horários de jogo são conhecidos e é a finalidade do contrato com o clube. E, em terceiro lugar, é da natureza da profissão ter atividade no sábado ou domingo".

Weber ainda foi além, questionando a ambição dos atletas. “Eles acham que jogando durante a semana à tarde vão ter visibilidade? Vai ter televisão? É difícil entender. A Justiça e outros órgãos deveriam conhecer a realidade do futebol brasileiro. Mas eles ficam atrás da mesa. Não deveriam dar causa a eles. Estão de brincadeira, né? E os jogadores que fazem isso querem ter gama, chegar a uma Seleção Brasileira sem ter visibilidade? A Justiça tem que entender isso. Os horários são para atender patrocínio, televisão. É muita incoerência”.

A presidente do Brasiliense, Luiza Estevão, optou por não comentar a situação: “Ah, sinceramente não posso opinar, não é algo que está relacionado a mim (bom, pelo menos ainda não).”

Já o presidente do Real Brasília, Luis Felipe Belmonte, segue a mesma linha de raciocínio do cartola alviverde, Weber Magalhães: “É absurdo isso. Primeiramente porque o atleta não trabalha 8 horas por dia. Segundo porque horários de jogo são conhecidos e é a finalidade do contrato com o clube. E em terceiro lugar, é da natureza da profissão ter atividade no sábado ou domingo. Exatamente por isso há repouso no dia seguinte ao jogo. E quando há mais de um jogo na semana chega a haver dois dias semanais de repouso remunerado. A prosseguir isso, teremos que incluir cláusulas contratuais expressas para registrar o óbvio. Por outro lado, é pouco provável que esses atletas encontrem clube para jogar”, declarou Belmonte.

O outro lado do balcão

Destaque gamense nas últimas temporadas, Tarta foi emprestado ao Juventude/RS até o fim do ano. Foto: Gabriel L. Mesquita/SE gama
Destaque gamense nas últimas temporadas, Tarta foi emprestado ao Juventude/RS até o fim do ano. Foto: Gabriel L. Mesquita/SE gama

Grande destaque do Gama nas últimas temporadas, o meio-campista Tarta, emprestado ao Juventude (RS) até o fim do ano, prefere não criticar os colegas de profissão. “Cada um sabe das suas necessidade, onde seu calo aperta. Não sou muito de questionar atitude dos outros, porque eu não sei algum dia eu faria também”, disse o jogador. Ele crê que o ideal seria um contrato feito previamente em que os jogadores não pudessem reclamar de terem jogado à noite nem aos fins de semana. “Tudo tem que ser especificado no contrato porque aí não adianta ir para a Justiça”.

Mudança de ares

O jogador segue no Distrito Federal, devido à pandemia, e espera um contato do Juventude para poder ir para o Rio Grande do Sul. “O clube está esperando pelas autoridades dar o aval de que pode voltar aos treinos”. Ele explica que foi cedido até o fim do ano e o clube gaúcho tem prioridade de compra caso opte pelo reforço ao término do contrato. “Futuro a Deus pertence. Foi uma vontade minha de ir para o Juventude porque é pra disputar uma Série B, né? Eu já tinha dispensado outras ofertas, mas essa eu não podia perder. Aí sentei com a diretoria e eles foram bem tranquilos e fizeram esse acordo”, finalizou.

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